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Debates Públicos

O ERRO disponibiliza na rede os debates públicos realizados no 1o. semestre de 2015 pelo projeto Insistência: atividades de fomento local e manutenção do ERRO Grupo (contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2014)!

DEBATES PÚBLICOS

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Primeiro semestre de 2015.

DEBATE PÚBLICO NO ESPAÇO PÚBLICO. 06 de abril às 19h30 na esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva no Centro de Florianópolis. SEDE-CIDADE-SEDE.

DEBATE PÚBLICO NO ESPAÇO PÚBLICO

SEDE-CIDADE-SEDE

Acesso, Consenso, Recesso e Dissenso: arte e legislação no espaço público

Diante da atual situação no que tange ao uso do espaço urbano em Florianópolis, o ERRO Grupo sente a necessidade de discutir politicamente a arte de rua tendo em vista as leis e suas implicações jurídicas no que diz respeito ao uso deste espaço público, das possibilidades e limites do teatro de rua e da intervenção urbana.

O ERRO sempre buscou frisar que a cultura, a política, o capitalismo e a segurança pública estão intrinsecamente conectados, e durante 14 anos atuando no espaço urbano, o grupo enfrentou as mais variadas reações do poder público no que diz respeito ao uso de seu espaço de ação, tais como a censura sofrida em apresentações de HASARD em 2012 e, agora recentemente, a proibição da realização da obra GEOGRAFIA INUTIL…, por parte da SESP – Secretaria Executiva de Serviços Públicos, órgão de Prefeitura de Florianópolis.

O debate, uma das atividades do projeto Insistência: atividades de fomento local e manutenção do ERRO Grupo (contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2014), será mediado por integrantes do ERRO Grupo e contará com a participação de debatedores convidados das áreas de artes, direito e sociologia, assim como de representantes do poder público.

Ao trazer a tona o debate sobre a lei nacional do artista de rua, e sobre o uso do espaço público, o ERRO Grupo pretende fomentar o pensamento crítico e político da comunidade local e daqueles que acessarem os debates, aprofundando a compreensão geral sobre arte e política, além de deflagrar a relação das instituições artísticas, comerciais e políticas, com a arte de rua, e questões sobre liberdade individual, liberdade da arte e mecanismos de vigilância, controle e normatização na sociedade contemporânea.

Algumas formas de arte, quando ocorrem no espaço público sublinham a condição deste espaço enquanto um espaço comum, sem dono e ao mesmo tempo pertencente a todos. As leis que regem o convívio em sociedade sejam elas morais ou legislativas se revelam implícita ou explicitamente, causando uma rede de relações distinta.

A arte é dita como um lugar que possui suas próprias regras, porém o que acontece quando o espaço da arte é o espaço da rua? A negociação das leis da arte com as leis da sociedade nem sempre é pacífica. A administração do espaço público é uma tarefa complexa que requer a organização de desejos e prioridades. Como são definidas as prioridades sobre a utilização do espaço público e seu diálogo com as leis?

Dia 06 de abril às 19h30.
Esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva no Centro de Florianópolis.

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Debate público – Corpo e Cidade: coreografias e políticas no chão do urbano – no dia 27 de abril às 19h30 na esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva no Centro de Florianópolis.

DEBATE PÚBLICO NO ESPAÇO PÚBLICO

SEDE-CIDADE-SEDE

Corpo e Cidade: coreografias e políticas no chão do urbano

A relação entre os corpos, móveis e/ou imóveis, criam uma coreografia articulada por políticas invisíveis que tangem o corpo da cidade no dia a dia. De acordo com o teórico André Lepecki, “coreografia” pode ser usada simultaneamente como prática política e como enquadramento teórico que mapeia performances de mobilidade e mobilização em cenários urbanos.

O espaço público sempre dispõe de uma tentativa de coreografia normatizadora, mas é possível relacionar corpos móveis e/ou imóveis em determinados espaços e/ou circunstâncias, que acabam por modificar os usos inicialmente previstos para o lugar.

As coreografias atuam como sistemas de presença e vetores de forças que determinam, orientam movimentos e danças que se atrevem, mesmo que provisoriamente e por via de seus movimentos inusitados, a mudar os lugares onde elas se dão, garantindo a transgressão ou reprodução e a permanência de modos predeterminados de circulação individual e coletiva.

O debate, Corpo e Cidade: coreografias e políticas no chão do urbano, uma das atividades do projeto Insistência: atividades de fomento local e manutenção do ERRO Grupo (contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2014), será mediado por integrantes do ERRO Grupo e contará com a participação dos debatedores convidados: a Profa. Dra. Sandra Meyer, dançarina, coreógrafa, e professora do Curso de Artes Cênicas e do curso PPGT da UDESC, e o Major Julival Queiroz de Santana, Oficial da Policia Militar/Major PM-SC/BP Choque, Mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina, Especialista Latu Sensu em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina.

Com o objetivo de ter um espaço permanente e aberto na cidade para a formação e fertilização de idéias e ações culturais, o ERRO realiza o projeto Insistência: atividades de fomento local e manutenção do ERRO Grupo, contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2014, criando até junho no Centro da cidade, uma intensa programação cultural, que vai desde debates, oficinas e apresentações, estabelecendo o que o ERRO denomina de cidade-sede nesta região do Centro.

Durante o projeto o ERRO Grupo realizará ações de caráter teórico e prático como os debates públicos com profissionais de áreas distintas que se relacionam com as implicações, provocações e propostas estéticas da utilização do espaço urbano, apresentações das obras mais recentes de seu repertório e oficinas abertas à comunidade com o foco na pesquisa do grupo que desde 2001 se realiza na rua. Todas as atividades serão gratuitas e ocorrerão no espaço público.

Dia 27 de abril às 19h30.
Esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva no Centro de Florianópolis.

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cartaz_3o._debates FOIO ERRO Grupo, coletivo de intervenções urbanas e teatro de rua de Florianópolis, traz ao ambiente do seu projeto de manutenção Insistência a discussão sobre a problemática da cidade e a ocupação artística ou não do espaço urbano. Um ciclo de debates públicos mobilizará a comunidade da cidade nos dias 8, 9, 15 e 16 de junho. Os encontros ocorrerão sempre às 19h30min, no espaço delimitado pelo ERRO como SEDE-CIDADE-SEDE, que compreende a esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva, no Centro.

Os debates públicos são ações do projeto Insistência: atividades de fomento local e manutenção do ERRO Grupo (contemplado pelo Prêmio FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2014). Os debates serão mediados por integrantes do ERRO Grupo e contarão com a participação de debatedores convidados das áreas de artes, movimentos sociais, direito, antropologia e sociologia, assim como de representantes do poder público. Ao trazer à tona as problemáticas atuais da cidade, o ERRO Grupo pretende fomentar o pensamento crítico e polí­tico da comunidade local, aprofundando a compreensão geral sobre arte, urbanidade e polí­tica.

O ERRO sempre buscou frisar que a cultura, a polí­tica, o capitalismo e a segurança pública estão intrinsecamente conectados. Durante os 14 anos atuando no espaço urbano, o grupo enfrentou as mais variadas reações do poder público no que diz respeito ao uso de seu espaço de ação, tais como a censura sofrida em apresentações de HASARD em 2012 e, mais recentemente, a proibição da realização da obra Geografia Inutil…, por parte da SESP – Secretaria Executiva de Serviços Públicos, órgão da Prefeitura de Florianópolis.

Com o objetivo de ter um espaço permanente e aberto na cidade para a formação e fertilização de ideias e ações culturais, o ERRO está criando nesse semestre no Centro da cidade, uma intensa programação cultural, que vai desde debates, oficinas, trerreinamento aberto e apresentações, estabelecendo o que o ERRO denomina de cidade-sede na região do Centro de Florianópolis. Durante o projeto o ERRO Grupo está realizando ações de caráter teórico e prático como os debates públicos com profissionais de áreas distintas que se relacionam com as implicações, provocações e propostas estéticas e políticas da utilização do espaço urbano, apresentações das obras mais recentes de seu repertório e oficinas abertas à comunidade com o foco na pesquisa do grupo que desde 2001 se realiza na rua.

O ciclo de debates públicos contará com os seguintes temas nos seguintes dias: “Entre o Público e o Privado: o comércio dos espaços sociais” no dia 08/06, “As manifestações visuais no espaço urbano” no dia 09/06, “Fluxos migratórios, ocupação e moradia” dia 15/06 e “A noite como outra cidade” no dia 16/06. Todas as atividades do projeto são gratuitas e ocorrem no espaço público.

Serviço
Ciclo de Debates
Quando: dias 08, 09, 15 e 16 de junho, às 19h30.
Local: Esquina das ruas Conselheiro Mafra e Arcipreste Paiva, Centro,
Florianópolis.
Entrada: Gratuita

Entre o Público e o Privado: o comércio dos espaços sociais

No panorama atual das cidades brasileiras observamos a privatização do espaço público urbano sob a emenda do politicamente correto, empregando slogans como “Adotamos esta praça” e a lógica de que “alguém precisa cuidar desses lugares”. O desinteresse dos poderes públicos de fomentar, cuidar e gerar espaços públicos de convivência, que possam proporcionar uma articulação maior entre os cidadãos de uma comunidade é nítido, e representa quando colocado lado a lado com as possibilidades de lucro que resultam dos repasses destes espaços às iniciativas privadas.

A cidade aos poucos se torna um palco da consolidação de grandes empreendimentos “públicos privados” movidos primeiramente pela valorização de um bem privado, através de uma contrapartida pública. Neste esquema, pouco pesa o impacto dessas “adoções” aos valores culturais e ambientais dos lugares e das populações locais. Cabe a nós refletirmos sobre as consequências em longo prazo destas concessões e seus efeitos na construção da sociedade e da cidade.

Convidados confirmados: representantes do Movimento Ponta do Coral 100% Pública.
Convidados ainda não confirmados: Acácio Garibaldi S. Thiago Filho – Superintendente do IPUF, Marcelo Martins da Rosa – Secretário Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Alexandre Waltrick Rates – Presidente FATMA Florianópolis, além de representantes da Construtora Hantei.

 

As manifestações visuais no espaço urbano

As manifestações visuais no espaço urbano (grafite, pichação, stêncil, stickers, posters) são intervenções que atuam com uma ética da resistência à ordem hegemônica estabelecida, borrando e questionando os limites usuais que separam o que é arte e o que é política.

Contrapondo e provocando a estruturação da publicidade, das propagandas político-partidárias e religiosas que há tempos anos enchem os muros e paredes da cidade, a despeito do quão “limpa” ela queira apresentar-se, as manifestações visuais abrem fissuras nas convenções e nos consensos que organizam a vida comum para novas possibilidades de percepção da cidade e amplia e modifica as relações do ser humano com a realidade.

Este debate busca refletir sobre estas posturas efêmeras e marginais que estabelecem relações entre privado e público, vida cotidiana e política, num território simbólico de expressão cultural e contraposição hegemônica, consolidando a luta, a presença e a ocupação do espaço, e expressando os modos de ser e pensar de seus agentes.

Convidados confirmados: Gabriel Vanini e Profa. Nara Milioli Doutora em Artes Visuais (USP).
Convidados ainda não confirmados: Rodrigo Rizo e Marta Cesar – Diretora de Artes da Fundação Franklin Cascaes.

 

Fluxos migratórios, ocupação e moradia

As possibilidades de moradias no espaço urbano estão cada vez mais escassas para as classes menos favorecidas nas metrópoles atuais. Moradias populares se concentram nas periferias, distantes dos grandes centros urbanos. As políticas públicas para a cidade segregam e distanciam as possibilidades de convívio social.

Gentrificação. Como contraponto a esta situação surgem movimentos de ocupação, que vêm crescendo em número e visibilidade ao demandarem novas políticas para a habitação de alguns espaços que deveriam e poderiam servir para moradias públicas. Os movimentos sociais demandam o direito a cidade.

Paralelamente a este panorama, os fluxos migratórios, que ora eram compostos por brasileiros de norte a sul, se expande para uma realidade de imigrantes de outros países. Como são vistas as dificuldades e possibilidades desses dois movimentos distintos (ocupação e fluxos migratórios) dentro de uma política estatal? Como recebermos o estrangeiro, e convivemos uns com os outros harmonicamente, independentemente de nossas classes sociais e origens, visto que somos todos estrangeiros em Pindorama?

Convidados confirmados: Representantes da Frente Autônoma de Luta por Moradia (FAML), da Comuna Amarildo e Fernando Damazio pesquisador e integrante do Grupo de Apoio aos Imigrantes e Refugiados.
Convidados ainda não confirmados: Angela albino – Secretária de Assistência Social, Trabalho e Moradia, representantes do movimento Contra a Tarifa.

A noite como outra cidade

Inspirado pelo Manifesto da Noite, realizado em São Paulo pelo Colaborátório em 2014, o ERRO propõe este debate com o fim de questionar qual estrutura urbana a cidade de Florianópolis nos apresenta no período noturno. Sabemos, na prática do teatro de rua e da intervenção urbana de que uma ação noturna é completamente diferente de uma ação realizada durante o dia. São outras estratégias, possibilidades, resultados e conseqüências. Mas, também no que diz respeito às outras esferas do espaço urbano, o debate questiona como desenvolver novos modos de vivermos e pensarmos a noite.

A cidade noturna é um novo espaço para uma velha sociedade, um lugar de experimentação, o domínio de todos e de ninguém. A noite tem muitas coisas a dizer ao dia. Este debate busca ativar uma reflexão sobre a noite nas grandes cidades tendo como ponto de partida a noite de Florianópolis. Discutiremos novas possibilidades de convivência social, e novos caminhos para uma cidade criativa e sustentável durante o dia e durante a noite.

Convidados confirmados: Profa. Aglair Bernardo – Doutora em Teoria Literária (UFSC), Isaac Varzim (SIC radio) e Tiago Franco.
Convidados ainda não confirmados: Raffael de Bona Dutra – Secretário Municipal de Segurança e Gestão do Trânsito, Allen Rosa e representante da Guarda Municipal de Florianópolis.

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