À Margem, tem como base de concepção o preenchimento do espaço vazio, pelo essencial: o ator. Os três atores trabalham, cada um, com um objeto/arma (lanterna, revolver e garrafa) e são iluminados por apenas um foco de luz retangular. Isto resulta em uma performance intimista, e centralizada nas ações, para um contato visceral com o público. O ator em questão realiza ações físicas violentas.
Carga Viva não oculta o público, nem o espaço em que se desenvolve. O espetáculo é permeado pela pesquisa do ERRO de valorizar a comunicação efetiva entre atores e público, apropriando-se do espaço urbano, incluindo o espectador na ação e buscando um diálogo de igual para igual entre todos estes elementos.
O ERRO queria fazer um churrascão. Preparou tudo, espetinhos (que eram exatamente carne contra-filé, cebola, tomate e pimentão), cerveja, refrigerante, pinga, limão, farinha, pão, tijolos, grelha, carvão, e colocou tudo em duas caixas de isopor nos carros para sair pelas ruas em busca de um homenageado. Pois, o grupo não queria fazer o churrascão sozinho, queria homenagear alguma pessoa em sua própria residência.
O corpo, como sustenta Foucault, é um lugar prático e direto de controle social, em a História da Sexualidade, o filósofo salienta que por meio da organização e regulamentação do tempo, espaço e dos movimentos de nossas vidas cotidianas, nossos corpos são treinados, moldados e marcados pelo cunho das formas históricas predominantes de individualidade, desejo, masculinidade e feminilidade, tornando-se corpos dóceis cujas forças e energias estão habituadas ao controle externo.
Quatro ruas. Quatro situações. Escolha a sua posição.
Em HASARD quatro situações contaminam umas às outras, utilizando a aleatoriedade como operação, possibilitando diferentes desdobramentos das ações, através das diferentes formas de jogo que o grupo propõe aos transeuntes durante a intervenção. As ações percorrem todo um quarteirão e o público terá sempre que se posicionar para acompanhar os desenlaces das tramas propostas.
